Cismei outro dia e quis me suicidarnFui me atirar do Viaduto do ChánA turma que passava não queria deixarnA vida pro meu lado estava mánnConsciência pesada me mandava pularnConsciência pesada me mandava pularnnResolvi então salteinO carro que passava eu achateinMinha cabeça se esfacelounE o chofer lá de dentro gritounnO viaduto quebrounOu alguém louco ficounnEm cima da capota o meu corpo jazianE pela minha face o sangue escorrianChamaram o meu pai mas veio a minha tianLevar pro necrotério ela queriannPois eu já não vivianMais um inútil morriannNo dia seguinte o enterro saíanPra Quarta Parada ele se dirigianUma flor negra o meu caixão cobrianO túmulo frio a terra cobriunFoi mais um que partiunnFui enterrado com a camisa do meu tionnEra meia noite quando eu quis sairnA cova era apertada para eu dormirnEu era um fantasma e quis conversarnCom alguém que estava sentado a fumarnnEra uma caveira vulgarnNão pode nem me assustar